O termo “armengue”, utilizado pelo juiz Waldir Ribeiro Júnior, de Itabuna, referindo-se ao funcionamento da Justiça na Bahia, repercutiu nas principais páginas do jornalismo baiano nesta quinta-feira (24), inclusive do BATV-Salvador. Tal desabafo, explica a indignação do juiz com os constantes atrasos nos andamentos de processos, que segundo ele, por falta peritos médicos. O termo foi utilizado em audiência em 17 de novembro.
“Quando a parte interessada na prova é pobre, não tem condições de pagar os honorários do perito nomeado pelo juízo, normalmente os processos emperram e ficam anos parados por falta de um profissional que aceite fazer de graça. O estado não tem um órgão com essa atribuição, de fazer perícias para pessoas carentes”, explica o juiz.
Segundo o G1, o Tribunal de Justiça não tem um levantamento preciso de quantos processos estão parados em todo o estado, mas só na quarta Vara Cível em Itabuna, há pelo menos 50 processos que dependem apenas de uma perícia para serem concluídos. O TJ se disse surpreso com as declarações do juiz Waldir Ribeiro Júnior, e se compromete a apurar o porquê de tantos processos parados em Itabuna.