Número de pessoas interessadas em adotar no Brasil é superior ao de que crianças disponíveis

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26 mil pessoas estão interessadas em adotar crianças
O Cadastro Nacional de Adoção (CNA) de outubro mostra que o número de pessoas interessadas em adotar crianças no Brasil é superior ao número disponível para adoção. São exatamente 26.936 pessoas interessadas em adotar, contra 4,9 mil crianças disponíveis em todo país. Mas o perfil de criança desejado pelos interessados representa o maior empecilho para adoção. O relatório também mostra que a maioria dos pretendentes em adoção está no Sudeste do país.  

De acordo com o CNA, São Paulo tem 7.162 dos cadastrados, sendo o maior estado a manifestar o interesse em adoção. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar na lista com 4.248. Paraná (3.847), Minas Gerais (3.531), Santa Catarina (2.122) e Rio de Janeiro (1.869) completam a lista dos maiores estados com pessoas cadastradas. A maioria dos interessados possui entre 41 a 50 anos de idade, correspondendo a 10.578 cadastrados, seguido do grupo que tem entre 31 a 40 anos, com 8.432 pessoas cadastradas. As pessoas com mais de 61 anos, somam 3.495 interessados. Grande parte dos cadastrados tem faixa salarial entre três e cinco salários mínimos (6.465). Em seguida, vêm os pretendentes com renda entre três a dez salários (5.819), dois e três salários (4.137), de um a dois salários (3.461) e de 10 a 15 salários (2.222 pessoas). Dos cadastrados, 2.610 têm filhos adotivos.  

Para o Conselho Nacional de Justiça, responsável pelo CNA, o maior empecilho para recolocação das crianças e adolescentes em novos lares são as exigências dos cadastrados. Apenas 33,79% dos interessados aceitam crianças negras, que correspondem a 18,96% das crianças cadastradas para adoção. Os pretendentes também se recusam a adotar grupos de irmãos, correspondendo a 82,94% do interesse dos cadastrados. Eles querem adotar apenas uma criança. Outra grande restrição é quanto à idade das crianças. Crianças com mais de seis anos tem apenas 3% de chance de serem adotadas. As informações do CNA darão subsídios para criação de políticas públicas para área e agilizar os processos judiciais de adoção. Atualmente, a depender do perfil desejado da criança, o processo de adoção pode levar até cinco anos.

BN - JUSTIÇA

 

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