Relatório conclusivo da Polícia Federal apresentado nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) indiciou o presidente Michel Temer e outras nove pessoas pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os indiciamentos, que envolvem suspeitas de irregularidades na edição do decreto dos portos, são contra Temer, o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, os empresários Antônio Celso Grecco, Ricardo Mesquita e Gonçalo Torrealba, além do coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal de Temer, e da esposa do militar, Maria Rita Fratezi. Além dos indiciamentos, a Polícia Federal também pediu a prisão preventiva do Coronel Lima e de sua mulher, do sócio de Lima, Carlos Alberto Costa e do contador Almir Martins Ferreira. Segundo a Polícia Federal, as investigações envolveram provas como colaborações premiadas, depoimentos, informações bancárias, fiscais, telemáticas e extratos de telefone, laudos periciais e informações do Tribunal de Contas da União (TCU). Os investigadores apuraram ainda o pagamento de propinas em espécie, propinas camufladas como doações eleitorais, pagamentos de despesas pessoais por interpostas pessoas e empresas, além da atuação de companhias de fachada e contratos fictícios de prestação de serviços.