A Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), situada no bairro do Salobrinho, é um exemplo vivo do impacto positivo deste programa, impulsionando a economia local e alimentando sonhos de mobilidade social. No entanto, recentes falhas na gestão do “Mais Futuro” levaram a atrasos preocupantes no pagamento dos auxílios. Mais de 50 estudantes, predominantemente do curso de Licenciatura em História, foram surpreendidos com a migração prematura de seus benefícios, ameaçando sua estabilidade acadêmica e financeira.
O diretório do centro acadêmico (DCE) da universidade tomou uma posição proativa, convocando um ato na próxima terça-feira (17) para reivindicar o pagamento dos auxílios em atraso e exigir uma revisão abrangente do programa “Mais Futuro”. É inadmissível que a esperança e as oportunidades oferecidas por esse programa sejam comprometidas devido a falhas administrativas.
Além disso, é crucial destacar as dificuldades adicionais enfrentadas devido ao recente problema de repasse de bolsas de extensão na UESC. O site Ilhéus 24h reportou uma conversa com a professora Dr.ª Eliane Albuquerque, conhecida na comunidade acadêmica como Nane, docente do curso de Comunicação e coordenadora da Rádio Uesc.
Segundo Nane, o problema está na centralização excessiva do Estado, que retirou a autonomia financeira das administrações das universidades estaduais. Os repasses de bolsas de extensão foram autorizados somente recentemente, embora toda a documentação tenha sido enviada no prazo.
“Como Rádio UESC, somos solidários aos bolsistas e reconhecemos o direito de quem não recebe também não trabalhar”, disse Nane. Ela expressou preocupação com a recorrência desses problemas desde a posse do governo atual, atribuindo a falta de autonomia administrativa e financeira das universidades como o pano de fundo dessa situação.
O Governo do Estado da Bahia, sob o comando atual, está rapidamente se consolidando como um exemplo flagrante de descaso e desrespeito para com os cidadãos e as instituições educacionais. A situação recente com o programa “Mais Futuro” e os repasses de bolsas de extensão na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) expõem a realidade chocante de uma administração que parece mais interessada em palavras vazias do que em ações concretas.
A falha no pagamento dos auxílios do programa “Mais Futuro” representa não apenas uma quebra de confiança, mas também uma traição direta aos estudantes que confiaram no governo para apoiar suas ambições educacionais. A migração incorreta dos benefícios, afetando dezenas de estudantes, demonstra uma incompetência inaceitável na gestão de um programa vital para a igualdade de oportunidades na educação. Esse descaso está impedindo o progresso educacional e perpetuando a desigualdade socioeconômica, sendo a antítese do que um governo deveria representar.
Além disso, a crise contínua relacionada aos repasses de bolsas de extensão reflete a falha sistêmica do governo em entender a grande importância da autonomia administrativa e financeira das instituições educacionais. A burocracia excessiva e a centralização inadequada dos recursos financeiros estão sufocando o potencial de desenvolvimento das universidades estaduais, minando o trabalho árduo e a dedicação de seus professores e alunos.
A falta de transparência e responsabilidade no trato com as questões educacionais é uma vergonha para o estado da Bahia e uma mancha na reputação de um governo que deveria ser um defensor incansável da educação e do desenvolvimento.
Essa inação e o silêncio sobre essas questões cruciais demonstram um completo desrespeito pelo futuro da juventude e pelo potencial de crescimento e progresso do estado.
Artigo de Pedro Afonso, graduando em Comunicação Social pela UESC.