A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País
'pode estar caminhando' para encerrar o ano de 2011 em um nível menor do que o
finalizado no ano passado, nas palavras do gerente de Pesquisa Mensal de
Emprego (PME) Cimar Azeredo.
Ele fez o comentário ao analisar o desempenho da taxa de desemprego de
6,4% apurada para o mês de abril pelo IBGE. Embora tenha ressaltado que o
instituto não faz previsões, ele admitiu que um nível de 6,4% para a taxa de
desemprego no mês de abril seria 'atípico' na série histórica do instituto
iniciada a partir da reformulação da PME em 2002. Isso porque, assim como os
meses de dezembro sempre apresentam os menores níveis na taxa de desemprego -
devido ao ritmo mais aquecido na economia, e às contratações temporárias
características do quarto trimestre -, os meses de janeiro, fevereiro e março
apresentam níveis elevados, influenciados pelas dispensas de temporários que
costumam ocorrer nos primeiros meses do ano. Isso acaba por manter em alta a
taxa de desocupação em abril. Em abril do ano passado, a taxa de desemprego foi
de 7,3%.
Mas o mês de abril deste ano apresentou taxa de 6,4%, a menor para meses
de abril desde 2002, e abaixo da média da taxa de desemprego registrada ao
longo de 2010, de 6,7%. Para o especialista, é positivo um desempenho menor em
abril na taxa de desocupação do que o apurado na média da taxa do ano passado -
que inclui resultados como o de dezembro, mês com ritmo alto de contratações,
que sempre contribuiu para a redução da taxa. Em dezembro do ano passado, a
taxa de desemprego foi de 5,3%.
'O que estamos dizendo é que, se tudo der certo, se as coisas continuarem
boas como estão, podemos estar caminhando para uma taxa de desocupação média ao
final de 2011 menor do que a que tivemos na média da taxa de desocupação no ano
passado', resumiu.
Por Alessandra Saraiva, da Agência Estado