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Foto: Yara Ramalho/g1 RR |
Nascida em 15 de novembro de 1923, Celeste cresceu no campo ajudando os pais na lavoura. Casou-se aos 15 anos com Cirino Trajano, de quem ficou viúva em 1985. Naquele mesmo ano, aos 62 anos, iniciou a luta pela aposentadoria, mas teve o pedido negado. Segundo a legislação da época, apenas um membro da família podia receber o benefício rural, quase sempre o homem — no caso, seu marido já aposentado. Após a morte dele, Celeste passou a viver com a pensão deixada.
As tentativas seguintes também esbarraram em dificuldades. Uma de suas filhas chegou a dar entrada no processo, mas a falta de documentos impediu o andamento. Apenas em dezembro de 2020, quando já tinha 97 anos, a agricultora ingressou novamente com o pedido junto ao INSS.
A batalha judicial se estendeu por quase cinco anos até que, em março de 2025, a decisão favorável foi concedida. Aliviada, Vó Celeste comemorou: “Dou graças a Deus. Estou feliz, recebo minha aposentadoria e a pensão. Eu faço minhas coisas, compro e assim estou vivendo, graças a Deus.”
Em 2023, a Justiça reconheceu que Celeste tinha tempo suficiente de contribuição. Mas o pedido foi negado porque, na época em que completou os requisitos, ela não morava mais na área rural. Em novembro de 2024, o advogado entrou com uma nova ação. Desta vez, a Justiça reconheceu o direito dela à aposentadoria. *Com informações do g1